Andorra entrega o dossier técnico de candidatura para receber os Campeonatos do Mundo de esqui alpino em 2029

O sonho dos Pirenéus mantém-se. Pela segunda vez, Andorra aspira à organização de uns mundiais de esqui alpino. Esta semana, concretizou-se a entrega, por via telemática, do questionário que a Federação Internacional de Esqui (FIS) solicita a todos os candidatos que participam na corrida para demostrar a sua capacidade para receber o evento de esqui alpino mais relevante do mundo da neve a seguir aos Jogos Olímpicos: os Campeonatos do Mundo de 2029.

O documento, que foi trabalhado intensamente pela equipa do gabinete técnico liderado pelo diretor-geral da candidatura, David Hidalgo, e pela Federação Andorrana de Esqui (FAE), inclui 260 páginas que tratam as questões-chave com respostas distribuídas por 21 secções das diferentes áreas especializadas da organização. Entre as solicitações de informação da FIS, encontra-se o planeamento dos objetivos e legado do evento, bem como a estrutura e metodologia das corridas, o plano de transportes e o alojamento, a hospitality, a segurança, a sustentabilidade, os recursos humanos e o voluntariado, os serviços médicos, as cerimónias e prémios, as atividades promocionais, a logística dos meios de comunicação, os direitos de marketing ou o financiamento, entre outros.

Era hoje a data limite estabelecida pela entidade internacional para entregar o dossier. A partir de agora, os especialistas técnicos e conselheiros da FIS examinarão e analisarão o conteúdo do projeto dos aspirantes aos Mundiais de 2029, entre os quais se contam também a estação norueguesa de Narvik, que, como Andorra, repete a candidatura, e a italiana Val Gardena, que se apresenta pela primeira vez, embora tenha sido a sede organizadora dos Mundiais em 1970.

David Hidalgo, diretor-geral da candidatura andorrana, realçou que “queremos convencer a FIS de que é o momento de sair do centro da Europa para oferecer uns Mundiais aos Pirenéus”. Com efeito, grande parte das sedes do evento tem-se concentrado nos Alpes, embora os Estados Unidos, o Japão e a América do Sul tenham acolhido Campeonatos do Mundo. “Apresentamos um projeto poderoso. A proposta para 2027 já o era e, efetivamente, a FIS tomou como referência algumas das nossas ideias, por exemplo, em termos de acessibilidade. É uma candidatura solvente e inovadora. Tentaremos que considerem os pontos mais diferenciadores. Estamos preparados”, acrescentou.

Pela sua parte, o diretor da FAE, Carles Visa, explicou que, na Federação, “far-se-á o acompanhamento da candidatura para demonstrar que o nosso é o melhor projeto para acolher os Mundiais de 2029. Temos pela frente intensos meses de trabalho para fazer tudo o que está ao nosso alcance para ser a sua sede”.

O próximo contacto terá lugar durante a reunião de outono que a FIS organiza em finais de setembro em Zurique. Os três candidatos reunir-se-ão com os técnicos das diversas áreas da organização internacional para avaliar e ampliar a informação de cada projeto.

Em 4 de junho de 2024, celebrar-se-á na localidade islandesa de Reykjavik o congresso anual da FIS, onde os 21 membros com direito a voto farão a eleição da sede dos Campeonatos do Mundo de 2029.